Você sabia que, em 2024, o Brasil registrou 1.492 feminicídios, uma média de quatro mulheres mortas por dia?
Os dados do Ministério das Mulheres são alarmantes e reforçam a urgência de discutir a violência contra mulher o ano inteiro.
Criado como um mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, o Agosto Lilás é um convite à reflexão e à ação coletiva. Muito além de uma campanha de visibilidade, ele traz à tona uma realidade que precisa ser enfrentada com empatia, informação e compromisso social.
Neste artigo, você vai entender o que é o Agosto Lilás e o que significa a campanha, quais são os tipos de violência contra a mulher, como identificar o ciclo da violência doméstica e, principalmente, por que a sociedade como um todo deve se envolver no assunto.
Siga conosco e se aprofunde nesse tema tão importante. Faça uma boa leitura!
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O que é o Agosto Lilás?
Mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher.
A escolha deste mês se deu pela sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto, cuja lei é referência no enfrentamento da violência doméstica no Brasil.
A campanha visa sensibilizar e informar a população sobre a identificação de situações de violência e os canais disponíveis para denúncias, promovendo uma rede de apoio e proteção para as vítimas.
No mês de agosto há diversos eventos e debates em todo o país, para divulgar informações sobre os tipos de violência, as medidas de prevenção e suporte, como o Ligue 180.
Essas iniciativas são essenciais para reduzir os índices de violência contra a mulher no Brasil.
Quais são os tipos de violência contra a mulher?
- Psicológica: como insultos, ameaças, chantagens e controle emocional;
- Física: empurrões, tapas, socos, estrangulamentos entre outros;
- Sexual: atos forçados, relações sem consentimento, coerção;
- Patrimonial: destruição de bens, retenção de documentos, controle de dinheiro;
- Moral: calúnia, difamação e injúrias.
Como funciona o ciclo da violência contra a mulher?
Entender o ciclo da violência é essencial para reconhecer sinais de abuso e quebrar o silêncio. Ele é composto por três fases:
- Tensão: comportamentos agressivos verbais, ameaças ou controle emocional.
- Explosão: agressão direta, física ou emocional.
- Reconciliação (ou “lua de mel”): promessas de mudança, arrependimento aparente, manipulação emocional.
Esse padrão tende a se repetir e se intensificar com o tempo, tornando ainda mais difícil a saída da vítima.
Agosto Lilás: uma luta de todos

Muitas vezes, associamos a campanha apenas às mulheres. Mas a verdade é que o combate à violência contra a mulher precisa do envolvimento de toda a sociedade. Afinal, é papel de todos:
- Reconhecer os sinais de violência e não naturalizar atitudes abusivas;
- Ouvir sem julgar quem decide pedir ajuda;
- Compartilhar informações confiáveis, como os canais de denúncia;
- Cobrar políticas públicas e iniciativas nas escolas, empresas e comunidades.
Como ajudar em casos de violência contra mulher?
Acolhimento, escuta e direcionamento são fundamentais. Veja como agir:
- Ofereça ajuda com empatia, sem pressionar;
- Evite julgamentos sobre a permanência no relacionamento;
- Indique canais de apoio, como o Ligue 180 ou a Delegacia da Mulher da sua região.
Canais de denúncia e apoio
- Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher;
- Disque 100 – Violação de direitos humanos;
- Aplicativo “Direitos Humanos BR” – Denúncias e orientação;
- Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM);
- Unidades de saúde – Primeira escuta e encaminhamentos
A importância da rede de saúde no combate à violência
A Unimed Rio Preto reforça seu compromisso com a proteção da saúde integral da mulher, atuando não apenas na prevenção e no diagnóstico físico, mas também no acolhimento emocional.
Os profissionais da rede são preparados para identificar sinais de violência, oferecer escuta ativa e direcionar a vítima com segurança para os serviços especializados.
A violência contra a mulher não tem desculpa, tem combate
Agora você entende a importância do que é o Agosto Lilás? Ele é um movimento de conscientização, mas também de transformação, que começa na escuta, se fortalece na informação e ganha poder na ação coletiva.
A violência contra a mulher não é um problema individual. É uma questão de saúde pública, de direitos humanos e, principalmente, de toda a sociedade.
Romper o silêncio salva vidas, e cada gesto de apoio pode fazer a diferença para alguém que está sofrendo em silêncio.
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