Calistenia conquista adeptos com a prática esportiva em locais públicos

É possível se exercitar e até perder peso sem frequentar uma academia tradicional? Segundo os praticantes de Calistenia, sim. Criada no século XIX, na França, a técnica, muito usada em treinamentos militares, consiste na prática de exercícios físicos utilizando apenas o peso do próprio corpo, sem a necessidade de equipamentos especiais.

O analista de sistemas, Alexandre Thomaz, é um dos membros de um grupo que se reúne de segunda-feira a sábado, na região do Aeroporto de São José do Rio Preto, para praticar o esporte. Ele explica que uma das vantagens da Calistenia é que o exercício pode ser executado em qualquer lugar, inclusive em casa ou desfrutando de lugares públicos. Tudo com custo zero. “Em dois anos, acentuei medidas e reduzi a gordura corporal.

Muitas pessoas confundem Calistenia com Cross Fit, mas é bem diferente. Enquanto um requer equipamentos específicos e velocidade, na Calistenia é preciso apenas equilíbrio, cadência e postura”, explica Thomaz. Quem também percebe os benefícios do esporte é a enfermeira Caroline Soares dos Reis. Com um ano de experiência, já consegue realizar exercícios de alongamento avançados e percebeu várias mudanças no corpo. “Comecei a praticar Calistenia e, ao mesmo tempo, cortei doces e frituras. Como benefício, perdi peso e reduzi medidas. Além disso, os exercícios me ajudam a liberar o estresse pós trabalho”, afirma.

Embora a prática de exercícios seja benéfica em múltiplos sentidos, o atleta deve se cuidar para saber se está apto ao esporte. A educadora física da Medicina Preventiva da Unimed Rio Preto, Roberta Magalhães, indica aos praticantes da calistenia avaliações periódicas com profissionais. “É fundamental para saber se está tudo bem com o próprio corpo e também para receber orientações e prevenir lesões”, acrescenta.

Quem também chama atenção para os cuidados antes de praticar o esporte é o ortopedista Gunter Saulo de Souza Sgarboza. “Recomendo duas coisas. A primeira é uma avaliação completa, inclusive cardiológica. Todos com menos de 30 anos, por exemplo, têm que fazer um check up do coração. A segunda é a execução do exercício com supervisão de um profissional ou alguém capacitado. Evite se basear em vídeos de médicos ou instrutores na internet, pois eles não substituem uma consulta personalizada. Do contrário, podem ocorrer lesões ósseas e corporais d5 e diferentes gravidades”, aconselha o ortopedista.