Vacinar a mãe e toda família é importante para a saúde do bebê

Durante a gestação, o funcionamento do sistema imunológico é fundamental tanto para garantir a saúde da mãe quanto do filho. Para evitar o contágio de doenças por ambos, é indicado que as mulheres sigam um cronograma de vacinação. O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes sejam imunizadas para que possam transmitir aos filhos, por meio da placenta e, após o parto, pela amamentação, importantes células de defesa. Dessa maneira, o bebê ficará protegido até que tenha idade para ser vacinado.           

Basicamente são três as vacinas indicadas para as grávidas: a influenza (gripe); a hepatite B e a dupla bacteriana do tipo adulto (dT), contra a difteria e tétano, ou a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), contra a difteria, tétano e coqueluche. 

– Influenza: Protege tanto contra o vírus da gripe comum, quanto de quadros mais graves, além disso, ao receber os anticorpos da mãe durante a gestação, o bebê já nasce com maior proteção.
– Hepatite B: Altamente importante que a mulher esteja imune, pois, caso adquira o vírus na gravidez, pode transmitir a doença para o bebê durante a gestação ou no parto.
– dTpa: Considerada a mais completa. Confere imunidade contra difteria, tétano e coqueluche, doença que voltou a chamar a atenção das autoridades em saúde devido ao reaparecimento em bebês de até dois meses de vida. 

“Para se ter uma noção da gravidade, a coqueluche é considerada a 5ª causa de morte no mundo em menores de cinco anos,” explica o pediatra e coordenador do Pronto Atendimento Infantil da Unimed Rio Preto, Humberto Brito Caballero. Por este motivo, além da vacinação da mãe, outros métodos também podem ser empregados quando se trata da prevenção da coqueluche. Entre eles está a “Estratégia Cocoon” que consiste na imunização das outras pessoas que terão contato frequente com o recém-nascido, como o pai, babás, tios, avós, padrinhos e irmãos, por exemplo. “A estratégia reduz, significativamente, os riscos. Estudos nos mostram que, dentre os principais transmissores da bactéria causadora da doença estão a mãe (32%), os irmãos (20%), o pai (15%), os avós (8%)”, completa Caballero.

De acordo com a supervisora de Enfermagem da Unimed Rio Preto, Priscila Trigo Vicentin Tadini Martins, imunizar toda a família evita e reduz as chances do aparecimento da doença. “A vacinação dos familiares visa formar uma barreira ao redor do bebê, que fica protegido indiretamente”, acrescenta. É o que conta a administradora de empresas, Adriana Boscon, que optou por imunizar o marido e a filha mais velha para proteger a nova filha, Anabella. “Fiquei sabendo do método por meio da minha obstetra e, desde então, decidimos que toda a família se imunizaria. Tenho certeza que foi a melhor decisão”, explica.