Com a chegada do outono, aumentam os casos de doenças respiratórias, principalmente entre crianças pequenas e bebês. A temida bronquiolite.
Uma das mais comuns, e preocupantes, realmente é a bronquiolite, uma infecção viral que compromete as vias respiratórias inferiores e exige atenção redobrada, especialmente em grupos de risco como prematuros, imunossuprimidos ou portadores de doenças cardíacas e pulmonares.
Explicaremos para você, ao longo do conteúdo, o que é bronquiolite, seus principais sintomas, formas de transmissão, tratamento e, claro, como se prevenir nesse período do ano em que o clima seco favorece a propagação de vírus.
Vamos lá?
O que é bronquiolite?
A bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos, sendo pequenas vias aéreas dos pulmões, causada, em sua maioria, por infecções virais.
O principal causador é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas outros vírus como rinovírus, adenovírus, influenza e metapneumovírus também podem estar envolvidos.
Essa condição é extremamente contagiosa. Ela atinge, com mais frequência, bebês com menos de dois anos de idade, podendo levar à hospitalização em casos mais graves. Por esse motivo, é considerada uma das principais causas de internação infantil durante o outono e o inverno.
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, o VSR é responsável por aproximadamente 80% dos casos de bronquiolite e por até 60% dos quadros de pneumonia em crianças com menos de 2 anos.
A estimativa é que uma em cada cinco crianças infectadas pelo vírus necessite de atendimento ambulatorial e, em casos mais graves, uma em cada 50 acabe sendo hospitalizada no primeiro ano de vida — números que reforçam a importância da prevenção e do cuidado com essa doença respiratória tão comum no outono.
Quais são os sintomas da bronquiolite?
Os sintomas da bronquiolite são semelhantes aos de um resfriado comum no início da doença, mas podem se agravar rapidamente. Confira os sinais divididos por estágio:
Sintomas iniciais:
- Tosse leve;
- Coriza;
- Nariz entupido;
- Febre baixa;
- Espirros.
Sintomas que surgem com a progressão da doença:
- Chiado no peito (sibilância);
- Respiração acelerada e superficial;
- Tosse persistente;
- Dificuldade para respirar.
Sinais de alerta
- Lábios ou extremidades arroxeadas (cianose);
- Fadiga extrema;
- Pausas respiratórias;
- Gemidos inconscientes;
- Recusa alimentar.
Lembre-se: não hesite em procurar um médico. Somente um profissional especializado poderá dar um diagnóstico certeiro para você ou seu filho.
Por que os bebês são mais vulneráveis?
Essa é uma pergunta que aflige muitos pais.O sistema imunológico dos bebês ainda está em desenvolvimento, o que os torna mais suscetíveis a infecções.
Além disso, os bronquíolos são naturalmente mais estreitos, o que favorece o acúmulo de secreção e dificulta a respiração.
Dentre o grupos de risco incluem:
- Bebês prematuros;
- Crianças com doenças cardíacas ou pulmonares;
- Bebês com histórico de internações por problemas respiratórios;
- Crianças imunossuprimidas
Em casos mais graves, a bronquiolite pode evoluir para insuficiência respiratória e exigir hospitalização.
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Como é feita a transmissão da bronquiolite?
A bronquiolite é altamente contagiosa e se transmite por meio de:
- Gotículas de saliva ao tossir, falar ou espirrar;
- Contato direto com secreções respiratórias;
- Superfícies contaminadas.
O vírus pode sobreviver em objetos como brinquedos, celulares, maçanetas e roupas por várias horas. Por isso, a higiene das mãos e o cuidado com ambientes compartilhados são essenciais.
Como é feito o tratamento da bronquiolite?
O tratamento da bronquiolite é geralmente sintomático, ou seja, voltado para aliviar os sintomas e ajudar na recuperação da criança. Em casos leves, pode ser feito em casa com acompanhamento médico. Já os quadros moderados a graves exigem hospitalização.
Medidas comuns no tratamento incluem:
- Hidratação oral frequente;
- Lavagem nasal com soro fisiológico;
- Repouso;
- Monitoramento da oxigenação;
- Medicações para febre e desconforto (quando indicadas por um profissional)
Como prevenir a bronquiolite?
A prevenção da bronquiolite passa por medidas simples de higiene e cuidados diários, especialmente em ambientes com bebês e crianças pequenas.
Dicas práticas para prevenir a bronquiolite:
- Lave as mãos com frequência;
- Evite contato com pessoas resfriadas;
- Mantenha os ambientes arejados e limpos;
- Higienize brinquedos e superfícies tocadas com frequência;
- Evite aglomerações, principalmente em locais fechados;
- Mantenha a vacinação infantil em dia.
A bronquiolite é mais comum no outono?
Em uma resposta direta: sim. O outono é uma estação com clima mais seco, temperaturas instáveis e maior circulação de vírus respiratórios.
Essas condições favorecem a propagação de infecções como a bronquiolite, principalmente em locais fechados com grande circulação de pessoas, como escolas e creches.
Leia também: Doenças respiratórias no outono
A bronquiolite é perigosa?
Como vimos, sim, especialmente em bebês e em pessoas dos grupos de risco. Em situações graves, pode dificultar a oxigenação e causar danos a outros órgãos.
Além disso, a doença exige atenção especial porque o VSR pode desencadear outras complicações, como pneumonias secundárias.
Procure atendimento médico imediato se a criança apresentar:
- Respiração muito rápida ou irregular;
- Coloração arroxeada nos lábios ou extremidades;
- Letargia ou sonolência excessiva;
- Sinais de desidratação.
Vacinação e prevenção: proteja seu bebê

A boa notícia é que o Brasil passou a contar com a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite, incorporada recentemente no calendário e dedicada para grupos prioritários.
Essa é uma conquista importante na prevenção da doença, especialmente entre bebês e crianças pequenas.
Além disso, manter o calendário vacinal em dia com imunização contra gripe, coqueluche e outras doenças respiratórias continua sendo essencial para evitar complicações.
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Bronquiolite exige atenção, mas juntos podemos prevenir
A bronquiolite é uma condição comum, mas que pode se tornar grave se não for identificada e tratada corretamente, especialmente em bebês e crianças pequenas.
Com a chegada do outono, redobrar os cuidados é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos.
Manter hábitos simples como lavar as mãos, evitar aglomerações e garantir a vacinação em dia faz toda a diferença na prevenção da doença.
Para mais conteúdos sobre prevenção, cuidados infantis e saúde respiratória, continue acompanhando o blog da Unimed Rio Preto.