Saúde mental materna é um tema que precisa estar no centro das conversas quando falamos sobre bem-estar, maternidade e acolhimento. 

Afinal, a chegada de um bebê transforma a vida, e não estamos falando apenas no aspecto físico. As mudanças emocionais, as sobrecargas invisíveis e os desafios do puerpério podem impactar profundamente a saúde mental materna.

Ao longo deste conteúdo especial do mês de maio, momento esse no qual celebramos o Mês das Mães e o Dia Mundial da Saúde Mental Materna, vamos falar sobre os principais sinais de alerta, como o estresse, a ansiedade e a depressão pós-parto, e mostrar por que pedir ajuda é um ato de coragem e autocuidado.

Preparado para reconhecer esses sinais e se tornar uma excelente rede de apoio para essa mãe? 

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Maio: o mês das mães e da conscientização sobre a saúde mental materna

Mais do que homenagens, maio é um convite ao cuidado com quem cuida. 

A maternidade é um momento de entrega, amor e conexão, mas também pode ser acompanhada de dúvidas, cansaço extremo e instabilidade emocional. 

Por isso, surgiu o Dia Mundial da Saúde Mental Materna, celebrado na primeira quarta-feira de maio, para trazer luz à importância de cuidar da mente e do coração das mães,  especialmente para aquelas que estão passando pela fase do puerpério, período em que o corpo da mulher está em adaptação após a gestação.

Quando falamos da saúde mental materna os dados são alarmantes. Segundo pesquisas do World Maternal Health Day:

  • 70% das mulheres (7 a cada 10) escondem ou minimizam seus sintomas, além disso
  • 1 em 5 mulheres sofrem de Transtorno de Humor e Ansiedade Perinatal (TPMA);

Sendo assim, não é à toa que diversas organizações ao redor do mundo estão levantando essa pauta (saúde mental materna) e incluindo o tema em seu calendário anual.

O que é saúde mental materna e por que ela importa?

A saúde mental materna, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o estado de bem-estar emocional, psicológico e social da mulher durante a gestação, no pós-parto e nos primeiros anos de vida do bebê. 

Esse bem-estar é essencial para que a mãe consiga exercer seu papel com segurança, manter vínculos saudáveis e preservar sua própria identidade.

No entanto, fatores como exaustão, sobrecarga, noites mal dormidas, julgamentos sociais e falta de rede de apoio podem impactar seriamente esse equilíbrio. 

A relação entre cuidados maternos e saúde mental é direta: quando a mãe está emocionalmente fragilizada, toda a estrutura familiar pode ser afetada.

Como a maternidade afeta a saúde mental? Mudanças esperadas X Sinais de alerta

Mudanças emocionais são comuns no pós-parto. O choro fácil, a sensibilidade e o medo fazem parte do turbilhão hormonal e da adaptação a uma nova realidade: ser mãe. 

Mas é preciso atenção para diferenciar essas reações normais de quadros mais sérios.

Pensando nisso, separamos os sinais emocionais comuns (e muitas vezes esperados para o período) e alertas que exigem uma atenção mais próxima.

Sinais emocionais comuns (e esperados):

  1. Oscilações de humor;
  2. Cansaço físico e mental;
  3. Dificuldade para dormir, mesmo com o bebê dormindo;
  4. Medo ou insegurança diante da nova rotina.

Sinais de alerta que exigem atenção:

  1. Sensação constante de tristeza ou vazio;
  2. Falta de interesse pelo bebê ou atividades do dia a dia;
  3. Crises de ansiedade frequentes;
  4. Pensamentos de incapacidade ou culpa excessiva;
  5. Isolamento e recusa ao contato social.

Esses sinais podem indicar ansiedade pós-parto ou depressão pós-parto, e não devem ser ignorados. Pelo contrário, devem ser acompanhados de perto pela rede de apoio da mãe e ela ser encaminhada para um médico especializado.

Depressão pós-parto: o que é, sintomas e como buscar ajuda

A depressão pós-parto atinge cerca de 1 em cada 4 mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Ela pode surgir nas primeiras semanas após o nascimento do bebê ou até meses depois.

Principais sintomas:

  • Tristeza profunda e duradoura;
  • Falta de energia e motivação;
  • Irritabilidade e dificuldade de concentração;
  • Perda de apetite ou compulsão alimentar;
  • Dificuldade de se conectar com o bebê.

Buscar ajuda profissional é fundamental. O acompanhamento psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico, pode transformar essa fase e prevenir complicações mais sérias.

Veja também: dicas de cuidado mental o ano inteiro

O papel da rede de apoio na saúde mental materna

A presença de uma rede de apoio empática e participativa é um dos maiores fatores de proteção para a saúde emocional da mãe.

Como familiares e amigos podem ajudar:

  • Assumir tarefas domésticas para que a mãe descanse;
  • Oferecer escuta ativa e sem julgamentos;
  • Evitar comparações ou conselhos invasivos;
  • Estimular que a mãe fale sobre seus sentimentos;
  • Incentivar que, aos poucos, a mãe volte a sua rotina e hobbies.

Quando o assunto são mães solo, inclusive, precisam de atenção redobrada, afinal, carregam uma carga redobrada de atividades que impactam diretamente a saúde mental e física..

Dicas práticas para cuidar da saúde mental no puerpério

O autocuidado no pós-parto precisa ser simples, viável e livre de culpa. Para isso, algumas atitudes podem fazer grande diferença no bem-estar emocional:

  1. Crie uma rotina leve e flexível
  2. Durma sempre que possível, mesmo que sejam cochilos curtos;
  3. Peça ajuda sem medo. Lembre-se: você não precisa dar conta de tudo;
  4. Mantenha atividades que façam bem (leitura, banho demorado, um passeio ao ar livre). Retorne aos poucos os seus hobbies e lazer;
  5. Considere o acompanhamento psicológico preventivo.

Você não está sozinha: acolhimento também é cuidado

O papel da rede de apoio na saúde mental materna

Reconhecer o cansaço, a tristeza e a ansiedade faz parte da jornada da maternidade. Cuidar da mente da mãe é cuidar do bebê e de toda a família.

Se você é mãe ou está acompanhando alguém nesse processo, fique atenta aos sinais e lembre-se: pedir ajuda é um gesto de força e amor.

Precisa de apoio? A Unimed Rio Preto conta com planos de saúde que incluem rede especializada de médicos, dentre eles o acompanhamento psicológico.

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